16 de fevereiro de 2018

Beber ou nao beber (muita) agua


Mais pormenores aqui:



O efeito da ingestão de fluídos na performance duma prova de ciclismo é, obviamente, complexo. Estes resultados são generalizações.

A intensidade da prova é o factor chave que distingue os efeitos positivos dos negativos da ingestão de fluidos na performance da prova de ciclismo – isto pode traduzir-se na duração da mesma: quanto mais curta, mais intensa.

Em provas curtas e intensas (1 hora ou menos) beber entre 0.15 – 0.34 mL/kg de líquidos reduz a performance em cerca de 2,5% - comparado à não ingestão de líquidos.

Isto porque a intensidades acima dos 70–75% do V02 max (volume máximo de oxigénio) o esvaziamento gástrico fica mais lento, e os fluídos tendem a acumular-se no estômago, causando inchaço abdominal e desconforto gastrointestinal. (este aspecto, como qualquer outro varia de pessoa para pessoa. Temos de experimentar para conhecer os nossos limites de conforto)

No entanto, em provas de intensidade moderada e mais longas, verificam-se melhorias na performance (entre 2.1 a 3.2%) com a ingestão de líquidos entre 0.15–0.27 mL/kg

O universo do estudo foram ciclistas masculinos com mais de 18 anos e menos de 50. As condições de temperatura variaram entre 22º a 33ºC, mas é importante salientar que refere-se a valores confortáveis de temperatura percebidos pelo atleta.




ARTIGO CIENTÍFICO CONSULTADO:

Holland JJ, Skinner TL, Irwin CG, Leveritt MD & Goulet ED (2017) The Influence of Drinking Fluid on Endurance Cycling Performance: A Meta-Analysis Sports Medicine 47(11) 2269-2284

Constança Camilo Alves

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